sábado, 18 de novembro de 2023

Mesmo com maior receita, lucro líquido despenca 62% no trimestre

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) obteve receita líquida de R$ 11.125 milhões no terceiro trimestre de 2023, um aumento de 2% quando comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, como resultado, principalmente, do forte desempenho verificado no segmento de mineração, que combinou novo recorde de vendas com aumento nos preços realizados. Adicionalmente, os segmentos de logística e cimentos também contribuíram positivamente para o maior faturamento verificado no período. O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) totalizou R$ 8.320 milhões no trimestre, uma redução de 4,9% em relação ao trimestre anterior, refletindo a normalização da produção na siderurgia. No terceiro trimestre, a CSN registrou lucro bruto de R$ 2.805 milhões, com uma Margem Bruta de 25,2% ou 11% acima do constatado no mesmo trimestre de 2022. Esse crescimento de rentabilidade reflete o forte desempenho operacional verificado no período, além do efeito positivo do aumento do câmbio nas vendas para o mercado externo.  As despesas com vendas, gerais e administrativas totalizaram R$ 1.175 milhões no entre julho e setembro, sendo 8,6% superiores ao registrado no trimestre anterior, como consequência do maior volume comercializado na mineração, acarretando maiores despesas com fretes. O resultado financeiro foi negativo em R$ 1.223 milhões, em linha com o apresentado no trimestre anterior, como consequência da manutenção do custo da dívida e menor impacto das ações da Usiminas. A CSN registrou lucro líquido de R$ 91 milhões no terceiro trimestre e despencou 62% quando comparado com o mesmo trimestre de 2022. Já o EBITDA Ajustado foi de R$ 2.815 milhões, um crescimento de 4% sobre o mesmo período de 2022, enquanto a margem EBITDA passou de 23,9% para 24,3% na comparação dos trimestres. Esse aumento de rentabilidade é consequência direta da melhora dos preços no segmento de mineração que, somada a um maior volume de vendas, acabou por compensar toda a conjuntura mais desafiadora verificada no segmento siderúrgico. Adicionalmente, também contribuiu favoravelmente para a melhora do EBITDA o desempenho mais forte alcançado no segmento de logística e a dinâmica positiva verificada no segmento de cimentos, com aumento de preços e captura de sinergias. A CSN investiu R$ 1.191 milhões no terceiro trimestre de 2023, um valor 20,2% superior em relação ao montante investido no trimestre anterior, com destaque para os reparos nas baterias de coque na UPV e reparos gerais nas operações de siderurgia. No segmento de mineração, destacam-se os investimentos correntes para manutenção da capacidade operacional e avanço nos projetos de expansão (principalmente relacionados a P15, recuperação de rejeitos das barragens e expansão do porto Itaguaí), acompanhado dos investimentos correntes nas operações de Cimento. A produção de placas de aço da CSN atingiu 922 mil toneladas no terceiro trimestre, mais 25,9% em relação ao trimestre anterior, o que reflete a normalização da operação após uma série de gargalos enfrentados no primeiro semestre. Por sua vez, a produção de laminados planos atingiu 835 Kton, um aumento de 7,8% sobre o segundo trimestre e o que reflete a retomada do processo produtivo e trazendo o volume produzido para números mais próximos dos períodos anteriores. As vendas totais alcançaram 1.018 mil toneladas no terceiro trimestre de 2023, 3,1% a menos em relação ao verificado no segundo trimestre de 2023. O mercado interno registrou crescimento mesmo com toda a pressão enfrentada com produtos importados, com destaque para o desempenho dos laminados quentes. As vendas domésticas somaram 747 mil toneladas de produtos siderúrgicos, o que representa um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior. No mercado externo, as vendas somaram 271 mil toneladas no trimestre e recuaram 13% na comparação com os três meses anteriores, como resultado da sazonalidade e uma dinâmica mais fraca do mercado europeu. No trimestre, a CSN exportou cinco mil toneladas de forma direta e 267 mil toneladas foram vendidas pelas subsidiárias no exterior, sendo 67 mil toneladas pela LLC, 132 mil toneladas pela SWT e 68 mil toneladas pela Lusosider. Em relação ao volume total de vendas, o destaque ficou por conta do segmento de aços planos para construção, com 24,1% de aumento na comparação com o trimestre anterior. Por sua vez, Automotivo (-11,9%) e Linha Branca (-4,2%) aparecem entre os destaques negativos após um início de ano mais forte. Na comparação anual, houve recuperação importante da linha branca e aços planos para construção, mas com quedas nos demais segmentos. Projeções A CSN informa aos acionistas e ao mercado em geral que atualizou as projeções sobre a substituição na estimativa de produção de minério de ferro somada às compras de terceiros de um patamar entre 39 milhões t  e 41 milhões t para 42 milhões t e 42,5 milhões t no fechamento de 2023; Substituiu o custo caixa C1 na mineração de um patamar entre US$19/ton a US$21/ton para US$22/ton em 2023; e modificou a alavancagem, medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA Ajustado de um patamar entre 1,75x e 1,95x para um nível entre 2,00x e 2,50x no fechamento do balanço anual de 2023 e abaixo de 2,0x no fechamento do balanço anual de 2024. Além disso, a siderúrgica retirou a projeção de volume de vendas de aço de 4.670 mil t em 2023 e de atingir um EBITDA por tonelada na siderurgia de US$165/ton em 2023. Dividendos A CSN comunicou aos acionistas e ao mercado em geral que o Conselho de Administração aprovou, em reunião realizada em 13 de novembro de 2023, a distribuição de dividendos intermediários, no montante de R$ 985 milhões, à conta de reserva de lucros, correspondendo R$ 0,742782969659389 por ação do capital social, a título de antecipação do dividendo mínimo obrigatório. Os dividendos serão pagos a partir do dia 29 de novembro de 2023 e serão calculados e creditados com base nas posições dos Acionistas em 20 de novembro de 2023. Fonte: Brasil 61 - https://brasil61.com/n/mesmo-com-maior-receita-lucro-liquido-despenca-62-no-trimestre-mine230566?email=herculano.correia@hotmail.com&utm_source=newsletter&utm_medium=newsletter&utm_campaign=newsletter

COP28: Brasil vai atuar para evitar o aquecimento global, afirma embaixador

Enquanto o mundo ainda se prepare para mais uma Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climática, a COP28 — que acontece a partir do próximo dia 30 em Dubai — , o Brasil já sabe seu papel no encontro.  De acordo com o negociador-chefe e secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador André Corrêa do Lago, o país busca cumprir o que já fora proposto em acordos como o de Paris e o Protocolo de Kyoto —  e ajudar a reduzir o aquecimento global.   “O Brasil quer que o acordo de Paris dê certo. E o Brasil também quer que seja levado em consideração o último relatório do IPCC que mostra que não podemos passar de 1,5°C. Então o Brasil chegará a COP como um buscador de soluções para que o mundo consiga evitar que o aumento da temperatura seja 1,5ºC.” Outro desafio do país no encontro é aumentar a confiança entre dois grupos de países — os desenvolvidos e os em desenvolvimento — o que, segundo o negociador, acaba atrasando os avanços e dificultando os resultados. “Essa falta de confiança tem diminuído significativamente a velocidade dos avanços nas decisões da convenção e do Acordo de Paris e, portanto, gera no mundo, uma certa frustração por que as pessoas gostariam de ver uma aceleração maior nas decisões. O Brasil vai atuar muito nisso, ou seja, assegurar que se consigam resultados e que se diminua a divisão do mundo entre essas duas categorias.” Países ricos ainda não cumprem o que prometeram  Apesar da pauta principal da COP28 ser sobre as mudanças climáticas, questões econômicas também devem ser debatidas no encontro. Entre elas, a falta de compromisso dos países ricos com os em desenvolvimento, já que em 2009 os países desenvolvidos prometeram US$ 100 bilhões até 2020 para ajudar na transição para uma economia de baixo carbono. Como os recursos não foram liberados a tempo, o prazo foi estendido até 2025.  "Os países desenvolvidos estão emitindo gases desde o final do século XVIII, sobretudo no século XIX, e a maioria dos países em desenvolvimento passou a emitir depois da Segunda Guerra Mundial. Desde então, aumentamos a nossa população em quatro vezes e meia. A Bélgica aumentou sua população em 10% no mesmo período. É preciso levar em conta que há uma diferença gigantesca no déficit de infraestrutura e de habitação que deve ser equacionado às populações", comenta o negociador.  Segundo André Corrêa do Lago, “o Brasil vai chegar na COP28 decidido a usar da melhor maneira possível sua tradição de encontrar equilíbrio entre as posições dos países em desenvolvimento e países desenvolvidos que são muito divididos nas COP”. Regulamentação do mercado de carbono Um dos pontos da estratégia de descarbonização da indústria inclui a regulamentação do mercado de carbono. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defende a pauta e levará o documento Visão da Indústria, apresentado em outubro, para discussão na COP28. A CNI também reforça o que foi dito pelo embaixador André Corrêa do Lago sobre a importância do financiamento climático por parte dos países ricos.  O gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, ressalta que o financiamento vem sendo tratado de forma efetiva em várias versões da COP, especialmente em relação a como os países desenvolvidos vão financiar uma transição de baixo carbono para os que estão em desenvolvimento. "É importante que o governo brasileiro acompanhe de forma a considerar também as necessidades e especificidades do nosso país", destaca.      Fonte: Brasil 61 - https://brasil61.com/n/cop28-brasil-vai-atuar-para-evitar-o-aquecimento-global-afirma-embaixador-pivd230019?email=herculano.correia@hotmail.com&utm_source=newsletter&utm_medium=newsletter&utm_campaign=newsletter

Covid-19: Brasil apresenta estabilidade no número de casos, mas registra aumento em nove estados

O último boletim InfoGripe divulgado pela Fiocruz mostra um crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 em estados das regiões Sul e Sudeste, além da Bahia. Já em Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo houve uma interrupção no crescimento. Os dados são da análise referente à Semana Epidemiológica (SE) 45, de 5 a 11 de novembro.  Em nível nacional, o cenário é de estabilidade, por causa da variação entre os estados. Nove das 27 unidades federativas apresentaram sinal de crescimento nas últimas seis  semanas até o início de novembro: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O estado do Rio de Janeiro registrou uma interrupção precoce da queda de casos associados à Covid-19, e o Espírito Santo registrou aumento.  O pesquisador Fiocruz e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, comenta sobre a incidência nas últimas semanas e diz que o que vemos é um cenário típico de problemas de infecções respiratórias.  “Tem uma incidência bastante expressiva nos dois extremos de faixas etárias analisadas: crianças pequenas e população de idade avançada. Nas crianças a gente tem uma série de vírus associados a essas internações e na população de idade avançada aí é fundamentalmente o Sars-CoV-2 (Covid-19)”, observa.  Cuidados Para a infectologista Joana D’arc Gonçalves, a intensidade da onda de casos positivos da doença depende do comportamento da população. Ela alerta que as medidas de prevenção devem ser mantidas. “A primeira delas é a vacina. A gente sabe que somente em torno de 16,7% da população brasileira fez a vacina com a bivalente. Outro quesito é o uso de máscara. Então, avalie o seu risco e utilize a máscara em alguns ambientes: ambientes de pouca ventilação, ambientes onde tem muitas pessoas, como transporte público, hospitais, elevadores”.  A recomendação do Ministério da Saúde é que pessoas com sintomas de gripe devem evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas).  Em 2023, foram registradas 9.813 mortes pela doença no país.  Fonte: Brasil 61 - https://brasil61.com/n/covid-19-brasil-apresenta-estabilidade-no-numero-de-casos-mas-registra-aumento-em-nove-estados-bras2310143?email=herculano.correia@hotmail.com&utm_source=newsletter&utm_medium=newsletter&utm_campaign=newsletter

FPM: União repassa R$ 1,5 bilhão aos municípios nesta segunda-feira (20)

Nesta segunda-feira (20) o governo federal paga aos municípios R$ 1,579 bilhão referente ao segundo decêndio de novembro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Essa parcela vem 1% menor que a do mesmo período de outubro, quando foram repassados R$ 1,590 bilhão às cidades brasileiras. Mas representa uma redução de 10% quando comparamos com o mesmo período de 2022. Comparativo: 2º decêndio nov/2023 - R$ 1.579.064.169,16  2º decêndio out/2023 - R$ 1.590.169.580,31 2º decêndio nov/2022 - R$ 1.756.708.246,42 Mesmo apresentando queda, o FPM é de fundamental importância para manter as contas municipais em dia. É com esse repasse, que cidades de menor porte — menos de 50 mil habitantes — pagam os funcionários, compram a merenda escolar e quitam as dívidas com fornecedores. A pequena cidade de Guarani d’Oeste, em São Paulo, tem menos de dois mil habitantes e o FPM é de fundamental importância para as contas públicas, como explica o prefeito Nilson Timporim. “Ele rege o bem ou o mal-estar do municípios. Se o FPM for ruim o município não consegue sobreviver, pagar em dia a saúde, remédios —  tudo. O município para.”  Segundo o assessor de orçamento César Lima, essa queda é reflexo de um cenário maior da arrecadação nacional. “Temos alguns fatores que estão impedindo essa queda. De maneira geral, as receitas têm caído, tanto que o déficit das contas do governo deve se concretizar em R$ 140 bilhões neste ano.”  Municípios bloqueados  Todos os municípios brasileiros — 5.568 cidades — têm direito a receber o FPM a cada dez dias, previsto em lei. Mas quando existem dívidas dessas cidades com a União, esses repasses podem ser bloqueados. Assim, os municípios que estão na lista do SIAFI ficam impedidos de receber repasses federais, até que as dívidas ou pendências burocráticas sejam resolvidas.  Esses bloqueios podem acontecer por diversas razões, entre elas a ausência de pagamento da contribuição ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), dívidas com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e com a inscrição da dívida ativa, falta de prestação de contas no Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (Siops), entre outras.  Veja aqui se seu município foi bloqueado: Adelândia (GO) Água Limpa (GO) Alagoinha (PB) Alto Boa Vista (MT) Anísio De Abreu (PI) Araguapaz (GO) Areal (RJ) Axixá do Tocantins (TO) Balneário Pinhal (RS) Bandeirantes (MS) Belford Roxo (RJ) Bonfim do Piaui (PI) Cabo Frio (RJ) Cândido de Abreu (PR) Cândido Sales (BA) Candiota (RS) Canguaretama (RN) Carapebus (RJ) Carira (SE) Carmópolis (SE) Caroebe (RR) Comendador Levy Gasparian (RJ) Cuiabá (MT) Dois Irmaos Das Missoes (RS) Duas Barras (RJ) Esperantina (TO) Iraucuba (CE) Itabi (SE) Itiúba (BA) Lucena (PB) Madeiro (PI) Malhador (SE) Maragogi (AL) Mojuí dos Campos (PA) Nazaré do Piauí (PI) Nova América da Colina (PR) Nova Guarita (MT) Nova Santa Rita (RS) Pau D´arco Do Piauí (PI) Pedrinhas (SE) Piata (BA) Pilar (PB) Poconé (MT) Riachão do Dantas (SE) Ribeirão Pires (SP) Rosário do Catete (SE) Santa Luzia (MG) Santa Maria (RS) Santo Antônio do Leverger (MT) São Miguel do Aleixo (SE) Selvíria (MS) Sena Madureira (AC) Serido (PB) Tucunduva (RS) Ubatã (BA) Ubiretama (RS) União dos Palmares (AL) Vila Boa (GO) Vitória das Missões (RS) Fonte: Brasil 61 - https://brasil61.com/n/fpm-uniao-repassa-r-1-5-bilhao-aos-municipios-nesta-segunda-feira-20-bras2310138?email=herculano.correia@hotmail.com&utm_source=newsletter&utm_medium=newsletter&utm_campaign=newsletter

Novembro Azul: alteração na urina pode ser um fator de alerta para os homens

O câncer de próstata, na maioria dos casos, cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Em outros casos, pode crescer rapidamente, espalhar-se para outros órgãos e causar a morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Mas existem situações que levantam um alerta para a doença. O urologista, andrólogo e membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) Emir de Sa Riechi diz que os sintomas do câncer de próstata são relacionados, basicamente, ao fator urinário. “A próstata altera o hábito urinário quando ela cresce, independente se é tumor maligno ou benigno. Os principais sintomas que o homem geralmente percebem são o aumento da próstata, a alteração do jato urinário e, às vezes, a retenção urinária”, explica. Na opinião do especialista, assim que forem observadas qualquer alteração em relação à urina é recomendável fazer exames para investigar o câncer de próstata. “Na fase avançada do câncer de próstata pode ter diagnóstico de sangramento através do esperma, que chama-se hemospermia. Mas esse é um diagnóstico já avançado. Então, os diagnósticos primários, iniciais do câncer de próstata, basicamente são sintomas urinários” — aponta. De acordo com o médico, dificuldade de urinar; demora em começar e terminar de urinar; sangue na urina; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite, são sinais de atenção para buscar uma unidade de saúde. Prevenção como diagnóstico Um levantamento do Inca mostra que o câncer de próstata ainda é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina em todas as regiões do país, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Também é a segunda causa de morte por câncer nesse público. Conforme os estudos, no Brasil, estimam-se 1.730 novos casos de câncer de próstata por ano para o triênio 2023-2025.  O urologista, andrólogo e membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), Emir de Sá Riechi, revela que, a partir do momento que a pessoa não procura ajuda, ela pode ter um diagnóstico tardio da doença dificultando a cura. O especialista explica que o que facilita a cura da doença, como qualquer outro câncer, é o diagnóstico precoce. No entanto, ressalta: “O principal objetivo da prevenção do câncer de próstata, como o câncer de mama e útero, por exemplo, é o diagnóstico precoce. Então, o objetivo da prevenção é o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo se fizer o diagnóstico, melhores as chances de cura”. Emir de Sá complementa: “Não tem como evitar o câncer de próstata, o câncer de mama, com exames. O exame é feito para uma prevenção precoce, um diagnóstico precoce”, salienta. O preconceito ainda é um obstáculo para a prevenção do câncer de próstata. Mas para Frederico Galvão, de 43 anos, formado em Relações Internacionais, é importante deixar as preocupações de lado e colocar a saúde em primeiro lugar. “Aqui em casa somos três irmãos. Eu e o meu irmão mais velho já fazemos exames periódicos exatamente de dois em dois anos para prevenção do câncer de próstata, prevenção de doenças regulares também, porque depois dos 40 é importante você fazer um check-up”, avalia. Histórico familiar O médico Emir de Sa Riechi explica que o fator familiar não deve ser deixado de lado. “Homens com pais, tios e avós com câncer de próstata têm maior tendência, não quer dizer que vão ter câncer de próstata. Mas o que aumenta o risco é o fator familiar”, conta. Mas, além disso, o especialista ainda destaca: “Também existe bem determinado que pode haver o risco de uso de hormônios, principalmente esteroides, anabolizantes. Ele não aumenta o risco, ele não produz o câncer de próstata, mas ele pode desencadear o processo mais precocemente”, alerta. Conforme Riechi, na fase avançada do câncer de próstata, pode ser diagnóstico sangramento através do esperma, que se chama hemospermia. “Esse é um diagnóstico já avançado. Então, os diagnósticos primários, iniciais do câncer de próstata, basicamente são sintomas urinários.” O Inca informa que a idade é o principal fator de risco para o câncer de próstata, sendo mais incidente em homens a partir de 60 anos, bem como, obesidade para tipos histológicos avançados. Destaca-se também a exposição a agentes químicos relacionados ao trabalho, sendo responsável por 1% dos casos de câncer de próstata. Campanha Novembro Azul O mês de novembro é dedicado à conscientização e prevenção do câncer de próstata. Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece informação e atendimento com equipes multiprofissionais aptas a realizarem diagnóstico e acompanhamento. Além de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos e radiológicos, procedimentos cirúrgicos e tratamento em hospitais habilitados em oncologia.  Conforme dados do INCA, quanto à mortalidade a Região Sudeste aparece com o maior número de casos no Brasil, em 2021, sendo os estados São Paulo (3.428), Minas Gerais (1.673) e Rio de Janeiro (1.448) com o maior número. Em seguida, vem a Região Nordeste com Bahia (1.407), Pernambuco (762) e Ceará (717) liderando em casos. A Região Sul aparece em terceiro lugar, destacando-se Rio Grande do Sul (1.291), Paraná (1.042) e Santa Catarina (534). Já a Região Norte apresenta Pará (395), Amazonas (194) e Tocantins (132) como os estados com mais casos. Por fim, a Região Centro-Oeste tem Goiás (516), Mato Grosso (252) e Mato Grosso do Sul (225) como os mais afetados.  Fonte: Brasil 61 - https://brasil61.com/n/novembro-azul-alteracao-na-urina-pode-ser-um-fator-de-alerta-para-os-homens-bras2310150?email=herculano.correia@hotmail.com&utm_source=newsletter&utm_medium=newsletter&utm_campaign=newsletter